Para uma empresa que considera adequado ter um total de 21 — sim, contamos, 21 — impressoras de extrusão de filamentos 3D em oferta, todas compartilhando em grande parte os mesmos componentes e geralmente não empolgando 8 em cada 10 vezes, a Creality ainda tem a capacidade de surpreender.
Veja o exemplo da nova Ender 3 S1. Ela se junta a uma série de impressoras 3D que já inclui quatro modelos (sem contar com a variante silenciosa da Ender 3, a CR-6 SE); uma série que representa a impressora 3D para uso particular mas vendida no mundo. E, ainda assim, consegue dar um ar de novidade. Esse novo modelo realiza melhoras significativas em relação à nossa favorita, a Ender 3 V2, e justifica o aumento de preço de aproximadamente USD $120 com a extrusora Sprite, fabricada pela Creality, entre outros recursos engenhosos, oferecendo aos usuários uma forte razão para se pensar em um upgrade.
Se a CR-6 SE apresentou o conceito do que uma Ender 3 melhorada e “deluxe” poderia ser, então a Ender 3 S1 é o modelo de concretização dessa ideia. Nela encontramos o mesmo estilo geral e o mesmo conjunto de características, mas com mudanças práticas e até mesmo melhorias transformadoras.
Passamos algumas semanas testando a Ender 3 S1 e aqui está o que descobrimos.
A Ender 3 S1 é uma máquina fácil de usar, com boas especificações e fiável, que entrega uma ótima qualidade de impressão com consistência e pouco esforço por parte do usuário.
Ela dispõe de uma extrusora direta de dupla engrenagem com uma sonda de nivelação automática de mesa, o que torna facílima a alimentação do filamento e a produção das primeiras camadas. Além disso, foi acrescentado um segundo motor para acionar o eixo Z, o que traz estabilidade para compensar o novo peso acrescido ao eixo X. A mesa de impressão é resistente e oferece uma boa aderência, além de permitir liberar as impressões ao ser flexionada, sem que essas sejam dobradas ou sofram danos no decorrer da impressão.
Os pequenos detalhes são também muito práticos. Um slot de cartão SD para impressão offline é imensamente melhor do que um microSD, e as portas para módulos externos sinalizam que você pode acrescentar dispositivos à impressora sem ter que a abrir e modificar.
A qualidade de impressão é, assim como experimentamos nas anteriores máquinas Ender 3, caracteristicamente excelente.
A Ender 3 é uma impressora sem complicações, que simplesmente imprime. Contudo, as instruções de montagem não são muito boas. Esperamos que seja publicada uma versão revista com melhores efeitos visuais.
Há muitas características na Ender 3 S1 que não havíamos visto nos modelos enteriores da Ender 3. Apesar de ter o mesmo formato, espaço de construção (ou quase, pois conta com mais 2 cm no eixo Z) e capacidades de impressão (hotend de até 260 ºC e mesa de até 100 ºC), a nova máquina incorpora agora uma extusora direta, montada diretamente sobre a cabeça de impressão. Além disso, trata-se de uma extrusora dual, com uma engrenagem que permite uma alimentação de filamento mais firme. Isso sem mencionar a mesa de impressão flexível e removível, o nivelamento automático e o eixo Z acionado por um motor duplo para uma maior estabilidade e nivelação na impressão.
Isso sinaliza, em muitas medidas, um significativo avanço em relação à Ender 3 V2. De certa forma podemos compará-la com a CR-6 SE, a impressora da Creality lançada no Kickstarter que se desmarcou da tendência de máquinas baratas e supôs uma mudança de rumo em relação à Ender 3, com um nivelamento de mesa baseado em células de carga, uma extrusora personalizada e outros detalhes. Tal como afirmamos na introdução, a CR-6 abriu o caminho, mas a Ender 3 S1 é a impressora 3D que você realmente deveria querer.
Seria um descuido da nossa parte descrever a S1 sem enfatizar a sua nova extrusora. A Sprite, tal como foi nomeada pela Creality, é a nova extrusora da marca, que estará presente em pelo menos três de suas novas máquinas — a S1, além da próxima Ender 3 S1 Pro e a CR-10 Smart Pro, todas com temperaturas mais elevadas para materiais mais técnicos. A Sprite vem como uma unidade completa e, vendida separadamente, está disponível como um upgrade independente para máquinas Ender 3 mais antigas.
Podendo aquecer até a 260 ºC, a Sprite é adequada para PLA, ABS, PETG, TPU e outros filamentos similares de fácil manejo por parte de consumidores finais. O hotend parece representar o bloco aquecedor, o núcleo e os bicos padrão da Creality. A diferença principal está no dissipador de calor, que se estende para cima e se integra na placa de montagem da extrusora. Uma ventoinha de refigeração sopra através do dissipador de calor — o fato de não ter havido problemas de obstrução durante o tempo em que a estivemos testando indica que esse sistema funciona como o esperado.
Tal como dissemos anteriormente, a S1 é a primeira Ender 3 a apresentar uma extrusora direta — o “cold end” da extrusora é instalado diretamente sobre o hotend da cabeça de impressão. Isso traz como benefício a redução da distância que o filamento precisa percorrer entre o ponto em que se exerce controle sobre ele e o ponto onde é derretido. Parece complicado, mas isso basicamente significa que há menos espaço para que o filamento se dobre ou surjam diferenças entre a quantidade de filamento que é de fato derretida e extrudida e a quantidade que a impressora recebeu instruções de fundir. Também tem a vantagem de ser muito, muito mais fácil de carregar o filamento na máquina.
No entanto, esta funcionalidade adicional situada na cabeça de impressão tem como contrapartida o aumento do peso, com o motor de passo panqueca e a engrenagem agora se movimentando por todo o eixo X. A Creality contudo enfatiza bastante a leveza da Sprite, afirmando que ela só pesa 210g. Isso, em contraste com a cabeça de impressão da Ender 3 V2, cujo peso calculamos a grosso modo em aproximadamente 150g, demonstra que a Sprite é de fato uma conquista da Creality. Apesar de o peso extra ser de aproximadamente 60g, a inclusão de um segundo motor de passo na estrutura do eixo X, de cima abaixo, ao longo do eixo Z, é um movimento inteligente para tirar máxima vantagem da engrenagem de impressão da S1.
A placa-mãe da S1 leva um nome pouco esclarecedor de CR-FDM-v2.4.S1_v301. A Creality não foi muito transparente acerca das novidades dessa nova placa. Analisando o seu nome, podemos assumir que se trata de uma variante das placas 2.4.x de 32 bits da empresa (A Ender 3 V2 utiliza a 4.2.2). E, tal como todas as outras placas-mãe atuais da marca, esta incorpora drivers silenciosos para os motores de passo. Mais uma vez, não é claro de que drivers se trata (pedimos esclarecimentos à Creality, mas não tivemos resposta). Como eles se encontram enterrados por baixo dos dissipadores de calor e da pasta térmica, não nos aventuramos a retirá-los. Historicamente, as máquinas “silenciosas” da Creality utilizaram drivers TMC2208, TMC2209 ou TMC2225 e, por isso, assumimos que a S1 conte com um deles ou com uma combinação de todos. Os drivers tipicamente não estão configurados para um controle mais avançado baseado em firmware, tal como o avanço linear (sem uma cuidadosa manipulação com um soldador), por isso nós ficaríamos surpreendidos se isso fosse diferente no caso da S1.
Uma melhoria muito conhecida nos modelos anteriores da Ender 3 é o “duplo eixo Z”, que se consegue adicionando um segundo fuso trapezoidal acionado através de uma corrente ligada ao primeiro ou ligada diretamente a um motor de passo dedicado. A S1 desafia essa tradição adicionando um segundo fuso trapezoidal ao eixo Z, assim como um e uma correia na parte superior para manter o movimento alinhado e sincronizado. Trata-se de um recurso não apenas há muito aguardado, mas também altamente necessário, uma vez que a S1 conta com um eixo Z ainda mais alto e também com uma extrusora direta.
Nestes tempos, a nivelação automática de mesa deveria ser uma função a surgir na maioria das novas impressoras 3D. Na Ender 3 S1 é o caso. A sonda CR-Touch incoporada realiza provas em 16 pontos na mesa de impressão como parte de sua rotina de nivelamento automático, ajudando a S1 a compensar as irregularidades de sua superfície para criar uma primeira camada realmente perfeita.
A rotina de nivelamento automático de mesa é algo que você precisa acionar manualmente através do menu da impressora e, para alterações realmente drásticas de nível, a S1 também conta com alavancas nos quatro cantos da sua estrutura. Na prática, nós simplesmente deixamos o nivelamento automático fazer o seu trabalho e ajustamos levemente a compensação do eixo Z através da interface de usuário. Nenhum ajuste adicional foi necessário; foi uma experiência agradavelmente simples, como deve ser. Todas as impressoras deveriam ter um recurso de nivelamento automático de mesa, na opinião deste redator. Nivelar a impressora 3D manualmente é algo medieval a esta altura do campeonato.
Por trás de toda a magia do nivelamento de mesa, você ainda vai ter uma nova superfície de impressão para se divertir. Enquanto a Ender 3 V2 faz uso de uma mesa de impressão em vidro carborundo, a nova S1 utiliza uma resistente mesa de aço revestida de PC que se fixa magneticamente à plataforma. Ela pode ser retirada quando as impressões estão concluídas e flexionada de forma a ajudar as peças a se desgrudarem da superfície.
Esta mesa de impressão é muito mais resistente que a folha de estilo C-Mag da Ender 3 Pro. Essa nova lâmina está mais a par com a da popular Anycubic Vyper ou Original Prusa i3 MK3S+ do que os fracotes ímanes de geladeira que algumas impressoras utilizam. Pode é ser um tanto complicado alinhar a placa perfeitamente quando você volta a colocá-la de volta para a próxima impressão.
Há um nível de organização na parte frontal da impressora que os usuários mais ocupados irão agradecer. Em primeiro lugar, temos uma interface de usuário muito simples, de 4,3 polegadas, controlada através de um botão giratório de fácil navegação e controle. Não é muito diferente da que se pode encontrar na Ender 3 V2, contudo, por isso nos surpreende que isso se apresente como uma “completa novidade”.
A interface de usuário se atenua após 5 minutos de inatividade como um esforço para “proteger o meio ambiente”, segundo a Creality. Não é a primeira coisa em que pensamos quando temos em conta as práticas de desperdício na impressão 3D, mas qualquer pequeno ato ajuda, supomos.
Felizmente, você também vai encontrar um slot para cartões SD de tamanho normal na parte frontal da S1. E ainda bem, porque os cartões microSD são das coisas mais chatas em toda a impressão 3D, graças à sua mania de desaparecer do nada. O mesmo vale para a conexão do tipo USB-c, que é útil se você quiser ligar a máquina ao seu computador. Trata-se de um detalhe pequeno, mas muito contemporâneo se pensarmos na espécie em extinção que são os cabos de dados USB Micro-A e Micro-B.
À direita das portas de inserção de dados, você vai encontrar uma boa gaveta de ferramentas, o fantástico lugar onde você vai acabar guardando coisas totalmente alheias à impressão 3D. Desta vez escolhemos guardar pastilhas para máquina de lavar louças porque, por alguma razão, ficamos sem snacks no escritório da All3DP. Tão cedo! Já no primeiro mês deste ano. Precisamos de reforços!
Uma boa impressora 3D deve começar com um bom conjunto de instruções. A Creality afirma que a Ender 3 S1 vem 96% montada e é verdade que a maior parte da montagem vem feita. Mas há ainda uma certo trabalho a fazer da sua parte, como conectar o pórtico à unidade de base da impressora, além de algumas outras peças.
Se você já teve que montar impressoras similares semi-montadas, vai conseguir cumprir a tarefa em um piscar de olhos. Mas se a S1 é a sua primeira máquina, tal como suspeitamos que será para muitos, seguir as instruções da cartilha será uma experiência frustrante. As intruções que acompanham a máquina que nos emprestaram para as análises estavam erradas em algumas partes, eram difíceis de ler se a sua vista não é perfeita e os seus poucos diagramas não ajudavam. Você pode passá-las por alto, mas é recomendável revisá-las com atenção.
Para o que consideraríamos ser o carro-chefe de uma das séries mais populares de impressoras 3D para consumidores finais, é frustrante constatar que a Creality fique para trás nesse aspecto. Cada impressora vem com instruções de qualidade regular. As impressoras vão alcançando cotas progressivamente mais altas de usabilidade e de experiência de usuário, mas a documentação para introduzir novos usuários continuar rudimentar.
Por sorte, aqui na All3DP somos calejados nesse mundo e já estamos bastante acostumados com esse tipo de coisas, de modo que a Ender 3 S1 foi montada e estava pronta para uso em relativamente pouco tempo. Deste modo, reserve entre meia hora e 45 minutos e já estará imprimindo.
Uma vez em operação, a Ender 3 S1 é tão simples de usar como pode ser uma impressora 3D. O nivelamento automático de mesa é realizado muito rapidamente, e é possível que você nem necessite usar os controles manuais que se encontram debaixo da plataforma para acabar de ajustar a mesa de impressão.
Para começar a trabalhar, você precisa apenas dar o comando para que a impressora pré-aqueça para PLA ou ABS (o perfil deste último também pode ser usado para TPU e PETG) e alimentar a extrusora Sprite com filamento, segurando a alavanca com o polegar e, bem, empurrando-o para dentro até vê-lo fluir para fora do bico, mais abaixo — uma abordagem prática, que é uma das vantagens de uma extrusora direta. É mais rápido que os recentes sistemas Bowden que já provamos, o que permite trocas mais rápidas de filamento. Você também pode manipular os ajustes para orientar a extrusora a introduzir ou extrair uma determinada quantidade de filamento.
Para a preparação dos arquivos de impressão, a Ender 3 S1 vem com o Creality Slicer, uma recriação do popular software open-source Ultimaker Cura. A funcionalidade é essencialmente a mesma que a do Cura, embora seja em relação a algumas versões anteriores. Aqueles que são acostumados com o Cura irão perceber diferenças em pequenas configurações e operações de fatiamento. Transferir uma configuração para a Ender 3 S1 ao Cura, ou criar uma nova em outro fatiador popular como o PrusaSlicer, vai ser relativamente simples.
Para a impressão do dia a dia (a não-complicada ou não-experimental), o Cura é um programa fatiador perfeitamente adequado. Ele vem pronto para funcionar com um perfil de impressora (uma configuração com os ajustes específicos da máquina) para a S1, o que significa que você não precisa criar um ou experimentar enviando arquivos independentes antes de começar a imprimir.
Usamos o Creality Slicer para todos os nossos testes básicos de impressão sem encontrar problema algum. As estimativas de tempo para as impressões em TPU estavam bastante longe da realidade, mas esta é só mais uma peciliaridade que o Creality Slicer herdou
Se o PLA é o pão com manteiga na impressão 3D, então a S1 é uma loja de sanduíches. O PLA impresso na S1 a partir dos ajustes padronizados é limpo e organizado, com poucos motivos de queixa e poucos defeitos. O resfriamento, embora seja unidirecional, é forte, o que permite a criação de pontes (bridging) e overhangs sem problemas. Nos perguntamos se o fluxo de ar que passa pelo dissipador de calor poderia ser canalizado para o bico para uma refrigeração multidirecional, algo que proporcionaria uma impressão mais uniforme em todas as direções.
Deixando essas reflexões de lado, foi difícil identificar qualquer problema com a S1 e suas habilidades de impressão. A precisão e o detalhe das impressões são o que esperaríamos de uma impressora como essa e, tendo em conta o limite de temperatura de 260 ºC, nos aventuramos além do PETG, PTU e PLA.
Nem precisamos dizer que estamos certos de que muito mais poderia ser feito com a S1 e outros materiais ao apenas prestar um pouco mais de atenção à configuração do fatiador.
A nova mesa de impressão metálica tem um peso satisfatório, com impressões que se desprendem do novo revestimento de PC sem problemas. Para manusear as impressões, é apenas uma questão de remover a plataforma, flexioná-la um um pouco e assim as impressões vão se soltar sem problemas. A textura é relativamente suave também. Nada tão áspero quanto o que encontramos na Anycubic Vyper e sua mesa flexível revestida a PEI. No entanto, tal como a Vyper, ficamos hesitantes em usar um raspador para essa superfície, por isso não se esqueça de ajustar o seu offset Z à impressão e evite aglutinações em primeiras camadas.
O trabalho com o TPU certamente será um tema de interesse para a maioria dos usuários da S1, uma vez que a extrusão direta pode oferecer algumas vantagens quando se imprime com materiais flexíveis. Isso é certo no caso da S1, que trabalha com filamentos desse tipo tão bem quanto com outros plásticos mais duros. Vale mencionar o funcionamento interno da extrusora Sprite, sobretudo porque é a primeira com engrenagem dupla — o que significa que duas engrenagens prendem o filamento em ambos os lados, oferecendo uma transferência de filamento muito mais firme a partir da extrusora. Isso é duplamente bom na Sprite porque a Creality utiliza uma engrenagem com uma relação de redução de 3,5:1, o que aumenta o torque da extrusora na hora de puxar o material. Tudo isso deve tornar o escape de filamento e potenciais bloqueios problemas ultrapassados. Apenas em circunstâncias extremas conseguimos prever que a Sprite dê problemas durante a impressão.
Começamos esta análise afirmando que a Creality às vezes pode surpreender com impressoras que vão além do habitual, embora se limitem a fazer o seu trabalho de forma confiável. A Ender 3 S1 é uma dessas surpresas. É um autêntico avanço em relação às anteriores máquinas Ender 3, introduzindo uma série de novas funcionalidades em falta em todos os modelos anteriores da Ender 3.
A estrela do show é, sem dúvidas, a extrusora Sprite. Ela é fantástica! Trata-se de um mecanismo forte e seguro graças à sua engrenagem dupla e sua redução de ratio (para uma maior tração), isso sem mencionar a rapidez que permite na troca de filamentos. Proprietários de impressoras mais antigas podem se beneficiar disso também, já que essa extrusora pode ser comprada separadamente para antigas máquinas Ender 3.
Há ainda outras duas funcionalidades que fazem com que a Ender 3 S1 valha a pena. A primeira é o nivelamento automático de mesa CR Touch, que elimina a possibilidade de defeitos na primeira camada e absorve qualquer erro de nível na mesa de impressão. A segunda fuincionalidade é a plataforma de construção em aço revestida de PC, que é uma alternativa conveniente ao vidro texturizado que a Creality utilizou como padrão em suas impressoras mais recentes.
Se você alguma vez já teve uma Ender 3/Pro/V2 e tem disposição para experimentar e fazer alterações, não vemos necessidade real de comprar a S1. Há um claro caminho de upgrade a percorrer com a extrusora Sprite, o motor de passo duplo do eixo Z e a mesa flexível.
E, no que se refere a fazer upgrades na própria S1, não vemos muito potencial ou necessidade para tal. Provavelmente seria melhor investir nas Ender 3 mais baratas, que têm a mesma estrutura de base. Não há como negar que o forte fator custo/benefício da S1. Um upgrade em uma Ender 3 V2 para se igualar à S1, usando peças fabricadas pela Creality, custa o mesmo que uma S1 nova. Como uma segunda impressora 3D, da qual se espera simplesmente que funcione, ou mesmo como uma primeira máquina sem complicações, a S1 é uma opção muito atrativa.
Após conhecer a Ender 3 S1, podemos dizer com segurança que não há mais razões para considerar uma CR-6: apenas USD $20 as separam. E já que falamos de outras impressoras, também queremos chamar sua atenção para a Artillery Genius Pro, que oferece uma experiência semelhante — engrenagem, extrusora direta e nivelamento automático de mesa — pelo mesmo preço, aproximadamente.
A Ender 3 S1 é uma impressora fabulosa, mas não é tão barata quanto as suas antecessoras.
Nada a ver com a deliciosa bebida cítrica que leva o mesmo nome, infelizmente. Afirma-se que a nova extrusora desenvolvida pela Creality oferece uma força de empuxo considerável e pesa apenas 210 gramas. A documentação sugere que se trata de uma extrusora de engrenagem com um ratio de redução de 3,5:1, com engrenagens duplas que prendem e empurram o filamento. Esse mecanismo é relativamente sofisticado, se comparado com as anteriores extrusoras de estilo Mk8 da Creality, que já vimos.
Não sabemos se isso se traduz em uma extrusão de qualidade até que possamos ver por nós próprios (em breve), mas a Creality está promovendo essa característica como uma opção para trabalhar com filamento flexível. Muitos usuários já realizaram upgrades da extrusora em suas máquinas Ender 3 antes do surgimento da Sprite. Por isso, é justo dizer que existe demanda para essa configuração.
Um sensor de filamento e a função de retomada da impressão também estão presentes na S1, funcionalidades que estão se tornando um standard em qualquer impressora 3D FDM que se preze.
Nivelamento automático de mesa é sempre uma boa pedida. A configuração do CR Touch da Creality usa uma sonda metálica de contato que realiza pequenos toques em 16 áreas ao longo da mesa de impressão, bem no mesmo estilo que o BL Touch. Em teoria, ela pode detectar qualquer inconsistência na planicidade da superfície da mesa de impressão. Você ainda terá grandes alavancas de nivelamento manual nas extremidades da mesa, mas este novo sensor deve manter tudo em linha para acertar as primeiras camadas.
Você dispõe de 220 x 220 x 270 mm para trabalhar, o que faz da Ender 3 S1 apenas um pouco maior do que a Ender 3 V2 no eixo Z (em apenas 20 mm efetivamente). É um espaço de construção bem na média e não há nada de errado com isso. Se você precisa de um pouquinho mais de espaço, os 235 x 235 x 270 mm da Biqu B1 irão te dar um pouco mais de área nas laterais.
Se você é o tipo de pessoa que gosta que a área de impressão seja bem iluminada em condições de pouca luz, há mais boas notícias: a Creality vende uma LED complementar para a S1. No entanto, se você tiver em casa algo chamado interruptor, você pode ligá-lo e assim terá iluminação não apenas na sua mesa de impressão, mas também em todo o ambiente. Uma ótima dica aqui.
A Creality faz questão de ressaltar que a extrusora direta pode ser facilmente removida e substituída por um cabeçote de gravação a laser, que é vendido separadamente. Ainda não temos certeza de quão potente é esse laser ou se haverá mais cabeçotes a serem lançados. Caso sim, as coisas vão ficar mais ao estilo da Snapmaker. Contudo, a julgar pela CR-01 3-em-1, aparentemente abandonada pela Creality, não temos esperança de que a empresa seguirá esse caminho tão cedo. Será interessante ver até aonde a Creality irá levar isso, se é que a algum lugar.
Para uma máquina semi montada, até que a Creality Ender 3 S1 é bem montada. A empresa afirma que, quando você abre a caixa, a impressora está já 96% montada. Experimente se atrasar um dia de manhã para o trabalho e diga ao seu chefe que você está em um nível de 96% de pontualidade. É estranho. De qualquer forma, a S1 pode ser montada em apenas seis passos, o que não é muito trabalho e é muito mais rápido do que ter que montar tudo do zero.
As mesas de impressão em vidro podem ser um sucesso ou um fracasso, mas a Ender 3 S1 vem com uma placa de impressão em aço que se encaixa magneticamente à mesa. Uma vez terminada a impressão, você pode remover a mesa e flexioná-la para soltar as impressões sem fazer esforço. A qualidade dessas placas pode variar enormemente. Já tivemos oportunidade de experimentar exemplares bons e ruins, por isso será interessante ver como o esforço da Creality se manterá ao longo do tempo.
Há uma nova interface de usuário na cidade: um LCD de 4,3 polegadas com um botão giratório com o qual você pode navegar e selecionar opções na tela. Esse mecanismo retoma a experiência da Ender 3 V2, a última impressora que a empresa lançou no mercado com essa interface. Tendo em conta a longa lista dos últimos lançamentos da Creality que incorpora telas touchscreen, essa característica parece um passo atrás. No entanto, a Creality afirma em seu material que a nova interface de uduário irá “permitir que você experiencie a operação por meio de um botão”, o que nos leva a crer que a empresa esteja bastante firme em relação a essa característica.
Além do que foi descrito acma, a Ender 3 S1 também inclui:
Fizemos uma pequena lista de outras impressoras 3D em que vale a pena dar uma olhada. Tenha em conta que há muito mais no mundo da impressão 3D e, por isso, não deixe de consultar o nosso guia das Melhores impressoras 3D.
Uma máquina muito popular, que imprime otimamente e é fácil de usar. Há muitos motivos para ser fã da Ender 3 V2. É um pouco mais barata que a S1. Por isso, se não desejar fazer um gasto exta na S1, esta é uma boa alternativa.
A Anycubic Vyper nos decepcionou, mas parece que muitas pessoas que a compraram tiveram uma experiência mais positiva que a nossa. Por isso, talvez você queira considerar esta alternativa também. O nivelameno automático funciona que é uma maravilha e a mesa de impressão é fácil de remover, mas a qualidade de impressão e uns poucos outros problemas nos deixaram desapontados.
O que é mais inteligente um Smart? Talvez um Genius? Talvez um PRO Genius? A última versão da Artillery Genius conta com uma extrusora direta, nivelamento automático de mesa, uma placa-mãe de 32 bits desenvolvida pela Artillery e uma grande placa azul com o seu nome. Se fizer uma boa busca, você encontra uma por um preço menor do que o da Ender 3 S1.
We’ve put together a little list of other 3D printers you might want to take a look at. Keep in mind there’s more in the 3D printing world to check out too, have a flick through our Best 3D Printers Guide.
A hugely popular machine that prints great and is easy to use and live with, there’s a lot to like about the Ender 3 V2. It’s a fair bit cheaper than the incoming S1, so if you don’t want to spend extra on the S1, this might well do the trick.
The Anycubic Vyper disappointed us, but plenty of people seem to have bought one and had a more positive experience than we did, so perhaps you’ll want to consider it too. The automatic bed leveling works a treat, and the print bed is easy to remove, but the print quality and a few other issues left us with a sad face.
What’s smarter than Smart? Maybe a Genius? Maybe a PRO Genius? Artillery’s latest version of the Genius has a direct extruder, automatic bed leveling, a 32-bit mainboard developed by Artillery, and a big blue plaque with its name on. You should be able to get one for a little less than the Ender 3 S1, if you shop around.
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